Aprenda a descartar produtos sem agredir o meio-ambiente

visita 31/10/2008: http://www.abril.com.br/noticias/ciencia-saude/aprenda-descartar-produtos-maneira-mais-ecologica-397041.shtml
Você já separa o lixo orgânico do reciclável, limpa as embalagens antes de descartá-las, mas ainda enfrenta dilema quando se trata de aparelhos eletrônicos, lâmpadas e afins?
Confira soluções que, apesar de despender alguns minutos do seu tempo, valem a recompensa: colaborar para diminuir nosso impacto sobre o planeta.
Aparelhos eletrônicos O que você precisa saber – eles podem entupir aterros e lixões. Os computadores geram 50 milhões de toneladas de lixo por ano, uma montanha com mais de 2 milhões de PCs, que podem conter metais pesados, como mercúrio, cádmio, chumbo e cromo, e contaminar o solo e a água.
O Greenpeace fez um ranking das empresas de computadores e celulares que estão limando substâncias tóxicas de seus produtos e está levantando as marcas de eletroeletrônicos mais verdes.
Baterias e pilhas O que você precisa saber – Baterias de computadores, celulares e carros contêm metais pesados.
Já as pilhas, desde 2000 uma resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) exige que, fabricadas no Brasil ou importadas, tenham uma quantidade máxima de metais que não agridam a natureza.
Porém, boa parte das pilhas que circulam no país são piratas. Mas há como reconhecê-las: as originais possuem informações de uso em português, símbolo orientando o descarte e data de validade, o que não acontece nas contrabandeadas, que duram menos, vazam com mais facilidade e não podem ser recicladas.
Óleo de cozinha O que você precisa saber – Cada litro jogado no ralo da pia é capaz de poluir cerca de 1 milhão de litros de água (equivalente ao consumo de uma pessoa por um período de 14 anos), o que encarece e prejudica funcionamento nas estações de tratamento de água. O acúmulo de gordura nos canos pode causar entupimento, refluxo de esgoto e até rompimento nas redes de coleta.
E os produtos químicos usados para desentupir os canos são tóxicos. Além do mais, ao alcançar os rios, o óleo cria uma barreira que dificulta a entrada de luz e a circulação de oxigênio na água, prejudicando a vida ali. Se atirado no lixo, pode impermeabilizar o solo, lá nos lixões, dificultando a absorção de água da chuva e dando sopa para as enchentes.
Lâmpadas O que você precisa saber – Lâmpadas fluorescentes, ou frias, contêm metais pesados. Por isso, não podem ser descartadas no lixo comum. Quando se quebram, liberam vapor de mercúrio, inalado por quem estiver por perto. As empresas e indústrias são as maiores usuárias desse tipo de lâmpada. Muitas seguem a norma ambiental ISO 14000, que orienta sobre o descarte de lixo tóxico, o que estimulou o surgimento de empresas que descontaminam e reciclam lâmpadas no país (serviço quase exclusivo para a indústria).

Lentes metálicas criarão microscópios ópticos de altíssima resolução

Antes do surgimento das nanociências imperava a crença de que os microscópios ópticos seriam capazes de mostrar, no máximo, estruturas do tamanho do comprimento de onda da luz visível.
Com a necessidade vieram as invenções, e hoje já existem várias técnicas que permitem a chamada visualização de sub-comprimentos de onda ……….
veja na integra: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=lentes-metalicas-criarao-microscopios-opticos-de-altissima-resolucao&id=010165081028

Mais que sustentável

Novos projetos de usinas de açúcar e álcool eliminam o gasto de água na produção e geram até excedente
Marcos de Oliveira
Edição Impressa 151 – Setembro 2008
Pesquisa FAPESP –
© Eduardo Cesar
Para ser auto-suficientes em água, as usinas devem recuperar o vapor e lavar a cana a seco
Muitas das usinas de açúcar e álcool produzem como subproduto energia elétrica em caldeiras e geradores a partir da queima do bagaço de cana.

Elas se tornam auto-suficientes e ainda conseguem vender parte da eletricidade produzida no campo para companhias distribuidoras de energia. Dentro em breve elas poderão não apenas fornecer luz, mas água também, conforme prevêem dois novos projetos de usinas concebidos pela empresa Dedini, tradicional fabricante de equipamentos e instaladora de unidades sucroalcooleiras e de outros setores fabris.

As usinas que adotarem tais projetos não precisarão mais captar água dos mananciais ou de poços para o processo produtivo.

A água que elas vão utilizar, segundo José Luiz Olivério, vice-presidente de tecnologia e desenvolvimento da empresa, está contida na própria cana. Em 1 tonelada (t) de cana é possível obter 700 litros de líquido.

leia na integra: http://www.revistapesquisa.fapesp.br/index.php?art=3638&bd=1&pg=1&lg=

Bagaço de cana, ‘resíduo’ cada vez mais lucrativo

Bagaço de cana, ‘resíduo’ cada vez mais lucrativo
visita 07/10/2008: http://www.bv.fapesp.br/namidia/?act=view&id=25240

Geração de bioeletricidade, venda de créditos de carbono, alimentação animal e insumo para adubação orgânica. Esses são os atuais usos de um subproduto da indústria de açúcar e álcool que, até o início da década de 90, era considerado um problema e muitas vezes dado de graça pelas usinas: o bagaço de cana.
Hoje, cada vez menos vendido ou cedido a terceiros pela agroindústria canavieira, o bagaço virou o insumo principal para garantir a auto-suficiência energética das usinas.
Nesta safra, não fosse a utilização do bagaço principalmente para geração de energia, pelo menos 140 milhões de toneladas do resíduo – de uma safra prevista pela Conab em 570 milhões de toneladas – estariam abarrotando os pátios das usinas, já que, de cada tonelada de cana sobram 250 quilos de bagaço, conforme o especialista em bioeletricidade Onório Kitayama, da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), que representa 117 usinas produtoras de açúcar, álcool e bioenergia.
Álcool celulósico
E o futuro guarda um uso ainda mais nobre para o antes resíduo e agora “co-produto”: a produção do álcool de segunda geração, feito a partir da hidrólise do bagaço. “O mundo inteiro está pesquisando isso”, diz o engenheiro agronômo especialista em usinas de álcool Rodrigo de Campos. No Brasil, o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) e a Dedini trabalham com tais pesquisas. O que vai definir, porém, no futuro, se o bagaço será destinado à queima para gerar bioeletricidade ou à produção de etanol celulósico será o mercado. “A tendência será privilegiar o mais lucrativo”, diz Campos.
Pellets
Ainda na questão energética, o bagaço tem sido pesquisado também para ser transformado em pellets, exportados para a Europa para geração de energia. “O bagaço é prensado em bloquinhos, mais fáceis de serem transportados”, explica Campos. “Atualmente algumas usinas vendem o bagaço solto para a indústria de suco de laranja, por exemplo. Com pellets, poderiam lucrar mais, pois o bagaço fica concentrado e com maior capacidade de geração de energia.”
Não só o bagaço está na mira da pesquisa para produção do álcool celulósico, mas também a palha, deixada no campo em grandes quantidades após a colheita de cana. Assim, parte da palha continuaria na lavoura, protegendo o solo, preservando a umidade e virando adubo orgânico. Parte seria transformada em álcool ou até poderia ser queimada nas caldeiras, num cenário em que o bagaço fosse destinado à produção de álcool.
Segundo Kitayama, da Unica, caso a palha seja destinada cada vez mais à geração de bioenergia, juntamente com o bagaço, entre 2020 e 2021 o potencial energético do setor passaria para 28.760 megawatts/hora, “o equivalente a duas Itaipus”, compara Kitayama, que finaliza: “A cana não deveria mais ser chamada “de açúcar”, pois ela produz álcool e energia. Deveria ser rebatizada de cana bioenergética.”

Em busca do álcool celulósico

Dedini e o Centro de Tecnologia Canavieira pesquisam uma maneira viável de produzir etanol a partir do bagaço

O futuro do bagaço de cana está na produção de bioeletricidade e de etanol, diz o vice-presidente de Tecnologia e Desenvolvimento da Dedini, José Luiz Olivério. Segundo ele, as usinas já investem em equipamentos de “otimização energética”, como caldeiras de alta pressão, mas o desafio é produzir etanol do bagaço.

“O Brasil tem grande potencial para desenvolver a tecnologia do etanol a partir do bagaço.” Com mais de 20 anos de experiência em pesquisas de hidrólise ácida – processo pelo qual o bagaço é transformado em álcool -, a Dedini desenvolveu, na década de 80, a tecnologia DHR, que envolve a sacarificação ou hidrólise, a fermentação e a destilação.
Em 2004, em parceria com a Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Copersucar) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Dedini instalou, em Pirassununga (SP), unidade semi-industrial com capacidade de produção de 5 mil litros de etanol/dia. “Agora, vamos concluir a definição de parâmetros técnicos para o projeto de uma planta industrial. A idéia é disponibilizar a tecnologia completa no mercado nos próximos anos.”
O gerente de Desenvolvimento Estratégico Industrial do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Jaime Finguerut, explica que a sacarose, o principal açúcar da cana, representa um terço da energia captada do solo pela planta. O restante é fibra. “O etanol feito de cana é obtido a partir de açúcares solúveis (sacarose) e nisso o País já é referência. O desafio é produzir etanol a partir do material celulósico.”
Por isso, além da hidrólise ácida, o País também está estudando a hidrólise enzimática. “A hidrólise é a quebra das fibras pela água e tem como objetivo recuperar os açúcares que formam essas fibras. E, para que as reações químicas necessárias ocorram, a pesquisa usa catalisadores, que podem ser ácidos ou enzimáticos”, explica. O CTC está pesquisando a via enzimática com uma empresa dinamarquesa.
“Na via enzimática o catalisador é uma molécula de proteína, a mesma usada por microrganismos na reciclagem de material vegetal. O conceito é o mesmo, mas na hidrólise, as proteínas mais potentes são isoladas.” Segundo ele, pode-se comparar a hidrólise a uma porta que precisa ser aberta. “A via ácida, que dissolve tudo em ácido, é como abrir a porta com uma marreta. Já a via enzimática seria abrir com a chave. É mais eficiente.”

O Estado de S. Paulo de 03/09/2008Editoria: Agrícola

Afastamentos no trabalho aumentam quase 30%

Afastamentos no trabalho aumentam quase 30%
Método novo considera doenças pré-existentes nas profissões

visita 01/10/08: http://eptv.globo.com/noticias/noticias_interna.asp?230382

30/09/2008 – 15:50 – Desde a implantação do novo método de avaliação para a concessão do auxílio-doença, o número de trabalhadores afastados do trabalho na região aumentou em quase 30%.

A nova metodologia leva em consideração estatísticas que apontam as doenças mais registradas em cada área de trabalho. Desta forma, o perito pode concluir que o problema foi provocado pela profissão.

Para colocar em prática os novos critérios, o Ministério da Previdência criou o “Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário”, um método para identificar doenças e acidentes que tenham relação com o trabalho.

Desde que começou, em 2007, houve um aumento de 3.700% nas notificações para as empresas.

Mesmo que a empresa não notifique o acidente, o trabalhador tem direito ao benefício, baseado numa estatística de problemas profissionais. “Mostra automaticamente na tela do perito do INSS que aquela doença, estatisticamente, prevalece sobre determinada atividade e trabalho”, diz a médica sanitarista Vera Salerno Cerest.

Estatística

Na região de Campinas e Piracicaba, de janeiro a agosto de 2007, foram 5.582 casos de acidente ou doença de trabalho.

No mesmo período deste ano já foram 7.314 ocorrências. Na região de Ribeirão Preto, foram registrados 1.893 casos durante todo o ano passado, contra 1.250 notificados de janeiro até agora.

As novas regras reforçam a adoção de segurança no trabalho. Em uma fábrica de Campinas, que está há quase um ano sem acidentes, o número de licença saltou de cinco para 18.

O empresário Carlos Diaulas Cerpa reclama dos critérios para afastamento por doenças.“O problema é o da doença profissional, que não temos como controlar. Alguém diz que dói uma perna e nós não temos como tirar uma radiografia da dor ou tomar alguma providência.
Nós não conseguimos ainda um controle disso”, diz Cerpa.

De acordo com a assessoria do Ministério da Previdência, esta nova regra não aumentou o número total de benefícios. Ela apenas enquadra como acidente de trabalho afastamentos que iriam acontecer de qualquer forma. Na prática, existe uma mudança para as empresas. Quando o funcionário retorna de um afastamento deste tipo, ele tem estabilidade de um ano.