COPENHAGUE (Reuters) – A Novozymes, produtora número 1 de enzimas industriais no mundo, informou nesta sexta-feira que entrou em um acordo com a brasileira Dedini para desenvolver biocombustível à base do bagaço e da palha da cana.

A companhia dinamarquesa afirmou que assinou com a Dedini, líder global na produção de equipamentos para o setor de açúcar e etanol, um acordo de parceria “visando um desenvolvimento contínuo de um caminho tecnológico para produzir etanol de celulose no Brasil.”

O etanol celulósico, ou de segunda geração, é produzido a partir de lascas de madeira, grama ou partes não-comestíveis de produtos agrícolas –o que pode resolver problemas associados à produção de combustível a partir de safras de alimentos.

“Considerando a demanda por etanol no Brasil e o volume de bagaço disponível, há uma oportunidade considerável para um crescimento maior neste mercado”, disse o diretor-executivo da Novozymes, Steen Riisgaard em um comunicado enviado por email.

“O objetivo dessa parceria é desenvolver um processo utilizando hidrólises enzimáticas dos resíduos da cana-de-açúcar”, acrescentou a companhia.

O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, moendo mais de 600 milhões de toneladas por ano. O país produz aproximadamente 27 bilhões de litros de etanol pelo processo tradicional, disse a Novozymes.

Em fevereiro, a Novozymes lançou comercialmente a primeira enzima para a produção de combustíveis de segunda geração.

(Reportagem de Anna Ringstrom)

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